Lembro-me de como era o Recife há 30, 40 anos atrás... Eu, que já dava meus primeiros passos, na profissão de músico, recordo bem, quando eu saía das 'gafieiras', onde tocava e, por diversas vezes, vinha pra casa, a pé, num percurso de aproximadamente, 2 quilômetros, isso às 4, 5 horas da manhã, quando, hoje em dia, eu correria um grave risco de morrer ou, no mínimo, ser assalto e ficar sem meus pertences. Sinto muita falta, também, dos vendedores urbanos que, com os seus produtos, anunciavam os mesmos, com bordões, criados com frases poéticas, tipo: "já caiu cajá", "ô peixe", "pitomba, oia pitomba", "macaxeira rosa", e tantos outros, que alegravam os nossos dias. Lembro ainda, como a criançada se agitava, ao escutar, de longe, um baixinho franzino, gritar: "oia eu. oia Mané vendendo pipoca", ou o amigo Paraíba, pelas noites do Bairro Novo, em Olinda, gritando o seu bordão: "sorveeeeete"... É, meus amigos, talvez o Mundo esteja nessa violência toda, justamente, pelo fato de haver acabado a poesia...
Gilson. Faltou o vendedor de Japonês ( o doce ) e o de cabides que falava "ombreira pra guardaroupa seis ombreiras só paga mil"
ResponderExcluirPois é, Amigo! Infelizmente, ninguém é perfeito! Mas, postei o "A FALTA QUE A POESIA FAZ 1", para corrigir meu erro! Um grande abraço!
ResponderExcluir