quinta-feira, 31 de outubro de 2013

HALLOWEEN: NADA SE CRIA, TUDO SE COPIA!

Desde muito tempo, o “Dia das Bruxas”, é comemorado, nos Estados Unidos. É o tão conhecido “HALLOWEEN”, uma brincadeira realizada por crianças, que, fantasiadas de simpáticos “monstrinhos”, saem pelas casas, em buscas de doces e travessuras. Há algum tempo que essa brincadeira chegou ao Brasil e, todo dia 30 de outubro, diverte crianças, adolescentes e até mesmo, adultos, exatamente, como nos EUA. O “Halloween” ou o “Dia das Bruxas”, é uma das comemorações mais importantes, do calendário norte americano. Portanto, não se espantem se, ao acordarem, encontrarem algumas vassouras estacionadas, em suas portas. 

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

MINHA CASA, MEU PESADELO

Pobres coitados que se inscrevem no projeto “MINHA CASA, MINHA VIDA”, do governo federal, que deveria mudar seu nome, para, “MINHA CASA, MEU PESADELO”, tamanhas são as dificuldades , que eles enfrentam para conseguirem as suas tão sonhadas, casas próprias. Ainda hoje, vendo o noticiário na TV, foi comentado que, numa cidadezinha, de um estado qualquer do país (a qual não merece, sequer, ter seu nome divulgado), dois parentes de um vereador local, foram sorteados, no projeto, enquanto, pessoas muito mais necessitadas, estão, há quase dois anos, inscritas. Essa é uma prática no Brasil, muito mais comum, do que se tem notícia. Muita gente em boas condições, como, empresários e fazendeiros, já adquiriram casas, através do projeto. Isso é vergonhoso para um país, que tem um governo que se auto intitula, de popular. Realmente, a ‘vista grossa’, desse governo que está aí é alguma coisa de absurda. É o povo sendo cada vez mais, ‘pisoteado’, por cada governo que entra, não importa de que partido seja. A verdade é que existe uma máxima, que diz: “O POVO UNIDO, JAMAIS SERÁ VENCIDO”. É bom se pensar muito nisso, antes que seja tarde!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

RECIFE SAI NA FRENTE E PÕE PASSAGEIROS PRA LER

O Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife vai deixar livros nesta terça-feira (29) para os passageiros que embarcarem no local. A ação faz parte do Dia Nacional do Livro, com o objetivo de incentivar a leitura. A pessoa que encontrar alguma obra vai receber uma mensagem que explica que, após ler o exemplar, ela deverá deixar em algum lugar para que um outro passageiro  encontre e leia também.
Os livros serão espalhados pela área de embarque e praça de alimentação. Chamado de Bookcrossing, o movimento foi iniciado nos Estados Unidos para divulgar o hábito da leitura. Cerca de oito mil pessoas embarcam por dia no aeroporto do Recife. O tema da ação deste ano é "Leia, Liberte e Compartilhe".
Os exemplares serão distribuídos ao longo do dia, contemplando alguns dos mais de oito mil passageiros, que embarcam diariamente no terminal pernambucano.

É, realmente só poderíamos esperar isso, de um grupo de livreiros, pois, se a iniciativa tivesse de partir dos órgãos governamentais, ficaríamos, cada vez mais, desinformados.

domingo, 27 de outubro de 2013

BOCA LIVRE - ONTEM E HOJE, A MELHOR

Em 1978, o grupo vocal Boca Livre, inicialmente formado, por Maurício Maestro (contrabaixo e vocal), Zé Renato (violão e vocal), Cláudio Nucci (violão e vocal) e David Tygel (viola 10 cordas e vocal) participou, naquele ano, do disco "Camaleão", de Edu Lobo, excursionando com o compositor através do Projeto Pixinguinha, em 1979, o grupo gravou o seu primeiro disco.
Lançou, no ano seguinte, o LP independente "Boca Livre", que ultrapassou a vendagem de cem mil cópias, uma marco inédito na música independente daquela época, com destaque para as canções "Toada" (Zé Renato, Claudio Nucci e Juca Filho) e "Quem tem a viola" (Zé Renato, Claudio Nucci e Xico Chaves).
Em junho de 1980, Claudio Nucci desligou-se do conjunto, sendo substituído por Lourenço Baeta. Com essa nova formação, o grupo gravou "Bicicleta" (1980), LP independente que contou com as participações especiais de Tom Jobim e Naná Vasconcelos, lançou o Lp "Folia" (PolyGram,1982) e "Boca Livre" (PolyGram, 1983), destacando a música "Panis Et Circenses", com Gilberto Gil e Caetano Veloso.
Com seu estilo refinado e alegre, o Boca Livre logo se destacou por suas composições e também pelas versões de músicas de outros compositores. Seus arranjos instrumentais e, principalmente, vocais fogem da métrica convencional utilizada por outros grupos, através do uso de acordes vocais dissonantes e revezamentos nos solos.
Nessa época, nós que fazíamos o grupo Som da Terra, procurávamos copiar o Boca Livre, “ao pé da letra”, nota por nota, pois, tínhamos quase as suas mesmas características.
Que me perdoem os outros grupos vocais, que sei, são muito bons, mas, verdade é que o grupo Boca Livre, não importa o tempo, é e sempre será, o maior grupo vocal do Brasil.
Acontece, que eles estão de volta, com força total, para relembrar os grandes e antigos sucessos, como também apresentar  os novos. Pague pra ver, Boca Livre 2013/14. Porque o Brasil, merece!


terça-feira, 22 de outubro de 2013

AMIZADE SINCERA – QUEM A TEM, PRESERVE

Como é bom saber que mesmo através da distância do tempo, podemos nos considerar pessoas sortudas e felizes, já que reencontramos numa sucessão de dias, horas e momentos, amigos inesquecíveis e possamos afirmar com plena certeza de que guardaremos na nossa lembrança todo e qualquer acontecimento vivido dos tempos de infância e adolescência, época de preocupações de “grandes dilemas juvenis” como: “Que será que vai constar na prova” ou “nossa, será que vai dar tempo para chegar à escola”. Esses instantes deixaram de existir, mas as lembranças de boas amizades permanecem no íntimo de cada um de nós.

 Alguns amigos na nossa vida passam, mesmo sendo insubstituíveis, mas esses amigos nunca nos deixam completamente sós, porque acabam deixando um pouco deles e levam um pouquinho de nós, e isso mostra que nada na vida é por acaso, não é destino, nem estava escrito, é fato irrelevante, que temos sempre pessoas preciosas ao nosso redor durante a nossa existência. 



A amizade sincera nunca é esquecida, apenas cristalizada, para um momento qualquer, ser de novo reacendida e vivida plenamente.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

HIPÓDROMO – CELEIRO DA ARTE

Nascido na Rua Monte Alverne, bairro da Encruzilhada, logo fomos morar no belíssimo e inspirador bairro do Hipódromo, muito próximo a uma das mais belas praças que já vi, em toda a minha vida, a Praça do Hipódromo, onde, há muito tempo atrás, abrigava uma hípica, daí a razão do nome do bairro. Ali, morava, também, o grande poeta pernambucano Ascenso Ferreira, que, coincidentemente, era pai adotivo do meu tio, por afinidade, o médico Gilberto Griz, casado com a minha tia Gracinha. Ali, ao redor da mesma Praça, também moravam, um outro poeta, Jaime Griz e o músico Mário Griz. Como nasci e cresci nesse clima, altamente, cultural, não poderia ser diferente: virei músico. O Hipódromo, sempre me forneceu e fornece, até hoje, um vasto material para minhas histórias, crônicas e postagens. Lá vivi, grande parte da minha vida, onde dei muito trabalho, ao vigilante da Praça, que não parava de correr atrás de mim. Minha mãe costumava dizer, que era porque eu “vivia rezando”. Aprendi com ele e amei muito esse lugar.

domingo, 20 de outubro de 2013

HORÁRIO DE VERÃO – BOM, PRA UNS, NEM TANTO, PRA OUTROS...

O Brasil, acordou, neste domingo, sob mais um horário de verão. O governo alega que o expediente nas fábricas, bancos, lojas, repartições públicas, escolas, etc., sendo encerrados uma hora mais cedo, provoca no país, uma economia, considerável, de energia elétrica. Acontece que, nem todos os estados da federação, entram nesse esquema e, para eles, muito pouco muda, pois, a rotina do nordestino, por exemplo, continua a mesma coisa, ou ainda pior, pelo fato dele perder uma hora, no expediente bancário, prejudicando, ainda mais, a vida desse povo, tão sofrido. Além do mais, mexe com os seus horários biológicos, considerando que têm de acordar, sempre, uma hora mais cedo, para poderem trabalhar. Na prática, pode não mudar nada, só que, na teoria, a história é outra, completamente, diferente.

sábado, 19 de outubro de 2013

VINÍCIUS DE MORAES – 100 ANOS *1913 - +2013

Marcus Vinícius da Cruz de Mello de Moraes (VINÍCIUS DE MORAES), nasceu no bairro da Gávea, Rio de Janeiro, no dia 09 de outubro, de 1913. ele foi: diplomata, dramaturgo, jornalista poeta e compositor brasileiro. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador, casou-se por nove vezes ao longo de sua vida. Ele nos deixou no dia 09 de julho, de 1980, quando acertava com o parceiro, Toquinho, os detalhes do Álbum “A Arca de Noé”, seu último trabalho. Neste dia 09 de outubro, de 2013, quando faria 100 anos de vida, minha mais singela homenagem, ao maior Poeta brasileiro, de todos os tempos. Poetinha, “EU SEI QUE VOU TE AMAR... POR TODA A MINHA VIDA...”

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

GILSON SOBRAL – UMA CARREIRA, QUASE, PERFEITA


Durante todo o decorrer da minha vida, sempre escutei as pessoas falando: _“a melhor profissão do mundo, é aquela onde a gente trabalha com aquilo que gosta”. Realmente, é a mais pura verdade! Eu sou um exemplo vivo, disto! Acredito até, no que alguns dizem, que  eu quando nasci, não chorei e sim, cantei! Logo aos 8 anos de idade, ganhei dos meus pais, o meu primeiro violão, cursei conservatório e, aos 14 anos, já estava no fantástico “Mundo da Música”. Durante todo este percurso, conheci renomados artistas, celebridades de outras áreas, dividi palco com estrelas da MPB, participei de festivais de músicas (vencendo alguns), de programas de emissoras de rádio e televisão, do Brasil inteiro, enfim, por pouco, muito pouco mesmo, não me tornei, também, uma celebridade. Foram 25 anos de uma brilhante carreira artística, quando no ano de 1997, um A.V.C. tratou de interromper meu sonho e, devido a uma série de fatores, não pude mais tocar. Entendem, né? Deixei de ser “palco”, para me tornar “platéia”. Mas, aquilo pra mim, ainda era muito pouco, foi quando recebi um convite para me tornar produtor artístico, passando a atuar nessa função, até os dias de hoje, onde me divido entre outras atividades, sempre com o apoio incondicional da minha companheira, Edna Lúcia.  

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

ACOCHADINHO BAR – UM MARCO NA HISTÓRIA DE OLINDA


Ano de 1982, estava eu com todo ‘gás’ dos meus vinte e tantos anos. Nessa época, eu que realizava apresentações musicais, em bares, restaurantes hotéis e casas de espetáculos, do Estado de Pernambuco e do Brasil, tinha uma grande vontade: ser proprietário de um local, onde eu pudesse fazer os meus ‘shows’ e receber meus amigos e fãs. Como eu, nos momentos em que não estava tocando, juntamente com alguns outros colegas, gostávamos de freqüentar outros bares e ares, foi num domingo que fomos ao Alto da Sé, em Olinda e encontramos um barzinho muito pequeno, de apenas duas pequenas portas, de nome “Ressaca”. Curtimos o local e chegamos a voltar, outras vezes. Depois de algum tempo, os seus proprietários, resolveram alugar a casa ao lado, para instalar um outro bar, quando surgiu a idéia de colocar-lhe o nome de: “Agarradinho”, pois não queriam fazer do espaço, um só local e sim, duas casas, completamente, diferentes. Como o destino, ali, começara a conspirar em nosso favor, foi manifestada pelos proprietários, a vontade de vender os dois estabelecimentos. Foi então que, eu e Ricardo Carioca (músico pernambucano e meu parceiro de noitadas), resolvemos ‘assumir a história’, juntamente com um outro amigo nosso, o Milton Santana, hoje, renomado produtor artístico. Estava nascendo ali o “embrião” daquele que seria o mais conhecido e freqüentado bar do Alto da Sé: o “ACOCHADINHO BAR”. Isso mesmo, com “CH” e não com “X”, como seria a grafia correta. Mas, por quê, com “X”? Justamente, porque seria, exatamente, essa, a diferença. O significado desse nome, a partir dalí, jamais seria o mesmo. Entramos o ano de 1983, com o Acochadinho, a todo vapor. O Bar era freqüentado, por, artista, músicos, intelectuais, celebridades, jornalista, enfim, toda uma gama de pessoas, que o fizeram conhecido, no Mundo inteiro, chegando ao ponto de havermos recebido solicitações de reservas, da Alemanha. O melhor de tudo é que, orgulhosamente, fui sócio deste grupo, fazendo parte de toda esta brilhante história.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

AS POSSIBILIDADES QUE AS REDES NOS DÃO OU QUEM É VIVO SEMPRE APARECE...


É incrível como, pessoas que não víamos há tantos anos, de repente, ressurgem em nossas vidas, como um 'toque de mágica'. Algumas delas, preferíamos não ter Internet, tamanha a insatisfação, outras, nos proporcionam tanta alegria, que nos remete aos nossos bons momentos de infância. Entre algumas boas lembranças da minha infância, falarei aqui, de duas grandes pessoas que, de certa forma, retornaram à minha vida, apesar de nunca terem saído dela: Olímpio Bonald Jr., hoje, Dr. Olímpio Bonald Jr., competentíssimo advogado e Amigo inconteste (já havendo, recentemente, a oportunidade de me provar, as duas coisas). A outra pessoa, é Gilvan Fernandes, carinhosamente chamado de: "Ameba", por  ter, na época, uma aparência "esquálida" e uma cor amarelada, quase oriental. Este, hoje, exatamente hoje, 16 de outubro de 2013, tive a enorme alegria de, 'cascavilhando' a página de Bonald, no 'Facebook', encontrar um vídeo contendo um frevo muito interessante, apertei o 'play' e, pra minha grata surpresa, estava lá: 'autor: Gilvan Fernandes - Ameba'. Como músico e compositor que sou, fui logo procurar no 'Youtube', na intenção de encontrar outros vídeos, do mais novo compositor pernambucano. Pelo menos, para mim. Achei! Cinco belíssimos frevos: letras inteligentes; melodias gostosas, aos ouvidos; bons arranjos; bons intérpretes; enfim, tudo muito bom de se ouvir, vindo de uma pessoa, da qual eu conhecia, muitas qualidades, mas, nunca, a de compositor. Ainda bem que a vida é assim, pois, como sugeri no título desta crônica: QUEM É VIVO, SEMPRE APARECE...

terça-feira, 15 de outubro de 2013

AOS MESTRES, COM CARINHO! - SALVE O DIA DO PROFESSOR

Aaaaaah, como eu lembro... minha primeira paixão... eu contava, apenas, 5 anos de idade. Seu nome era Maria Luiza, ela foi a minha primeira professora, no Educandário Sagrada Família, que tinha como Diretora, outra excelente educadora e proprietária desse conceituado estabelecimento de ensino, Dona Maria Amélia Carneiro Leão de Carvalho. Devo muito, à essa Escola e essas duas pessoas. Foram elas que de forma digna, competente e honesta, me fizeram o homem que eu sou hoje. Que, juntamente com a educação dos meus pais, me mostraram o caminho da correção, da verdade, da justiça, da gratidão, do respeito... outra grande Mestra, que também teve a mesma importância, na minha formação, apesar de ‘pegar’ um aluno um pouco ‘atrasado”, foi a Professora Zilma Figueiredo, hoje, minha Amiga, nas redes sociais. À todas essas pessoas, deixo aqui, o meu MUITO OBRIGADO, por ter tido a dádiva de tê-las, fazendo parte da minha vida.
Hoje, 15 de outubro, dia em que comemoramos o “Dia do Professor”, presto esta pequena homenagem, a esse profissional, que hoje realiza essa “missão sacerdotal”, que não recebe o devido respeito, dos órgãos (in)competentes. Pra vocês “MESTRES DA VIDA”, meu sincero agradecimento!
SALVE 15 DE OUTUBRO, SALVE TODOS OS DIAS DE TODOS OS ANOS, SALVE TODOS OS PROFESSORES DO MUNDO INTEIRO!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A FALTA QUE A POESIA FAZ 1


Em virtude de alguns comentários de leitores do nosso Blog, que reivindicaram outras "poesias cantadas", dos vendedores que alegravam as ruas do Recife e Olinda, aqui, vão outras pérolas, desses ícones, da nossa recente história: um personagem célebre, que perambulava, maltrapilho, pelas ruas de Olinda, remexendo latas de lixo, puxando o seu cavalo, era um senhor de nome, Josias, muito conhecido pelo apelido de "Bacalhau", pelo forte mau cheiro, que exalava, ao passar; um outro personagem, deste relato, era um vendedor de cabides, o qual não recordo o nome, que pra vender seu produto, anunciava, aos berros: "ombreiras pra guarda roupas"; o vendedor de "doce japonês", que gritava: "japunei"; e quem não lembra do fantástico vendedor de coxinhas, conhecido como, "Parará", que circulava pelas praias do Recife e Olinda, trajando sua peculiar indumentária vermelha, composta, por, um enorme chapelão de cangaceiro, bermuda e camisa, bem como um grande tabuleiro, onde expunha as suas deliciosas coxinhas, tudo isso acompanhada do inesquecível bordão: "IIIIIIH, PA-RA-RÁ, PA-RA-RÁ, PA-RA-RÁ...". Eram essas e outras coisas, que davam vida, às nossas vidas.  

domingo, 13 de outubro de 2013

A FALTA QUE A POESIA FAZ

Lembro-me de como era o Recife há 30, 40 anos atrás... Eu, que já dava meus primeiros passos, na profissão de músico, recordo bem, quando eu saía das 'gafieiras', onde tocava e, por diversas vezes, vinha pra casa, a pé, num percurso de aproximadamente, 2 quilômetros, isso às 4, 5 horas da manhã, quando, hoje em dia, eu correria um grave risco de morrer ou, no mínimo, ser assalto e ficar sem meus pertences. Sinto muita falta, também, dos vendedores urbanos que, com os seus produtos, anunciavam os mesmos, com bordões, criados com frases poéticas, tipo: "já caiu cajá", "ô peixe", "pitomba, oia pitomba", "macaxeira rosa", e tantos outros, que alegravam os nossos dias. Lembro ainda, como a criançada se agitava, ao escutar, de longe, um baixinho franzino, gritar: "oia eu. oia Mané vendendo pipoca", ou o amigo Paraíba, pelas noites do Bairro Novo, em Olinda, gritando o seu bordão: "sorveeeeete"... É, meus amigos, talvez o Mundo esteja nessa violência toda, justamente, pelo fato de haver acabado a poesia...