sexta-feira, 1 de novembro de 2013

FREVO DE BLOCO - O LADO POÉTICO DO CARNAVAL

Como todo bom pernambucano, não poderia esquecer este dia 1º de novembro, no qual comemoramos o “DIA DO FREVO DE BLOCO”. O frevo de bloco é um frevo executado por orquestra de pau e cordas (geralmente composta por violões, cavaquinhos, banjos, bandolins, violinos, além de instrumento de sopro e percussão). É chamado pelos compositores mais tradicionais de "marcha de bloco".
O frevo de bloco é a música das agremiações tradicionalmente denominadas “blocos carnavalescos mistos”. Seu aparecimento no carnaval de Pernambuco faz alusão a um dado histórico e sociológico: o início da efetiva participação da mulher, principalmente da classe média, na folia de rua do Recife, nas primeiras décadas do século XX.
Há uma tendência atualmente de se adotar a denominação “blocos carnavalescos líricos”, que foi inscrita pela primeira vez no flabelo do bloco Cordas e Retalhos, fundado em 1998. Segundo Leonardo Dantas, no frevo de bloco está “a melhor parte da poesia do carnaval pernambucano” (1998:32).
Entre os compositores de frevo de bloco mais importantes estão os irmãos Raul Moraes (1891-1937) e Edgard Moraes (1904-1973), João Santiago (1928-1985), Luiz Faustino (1916-1984), Romero Amorim (1937-), Bráulio de Castro (1942-), Fátima de Castro, Cláudio Almeida (1950-) e Getúlio Cavalcanti (1942-)
O frevo de bloco hoje, tomou o gosto também, das crianças, que, levadas pelos pais, invadem a Rua do Bom Jesus, nos dias de carnaval e, muitas, cresceram nesse clima, tomando verdadeiras paixões, por esse ritmo tão contagiante e suas letras de saudades.


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