segunda-feira, 4 de novembro de 2013

SANTA CRUZ - 2ª DIVISÃO - AO TEU PASSADO DE GLÓRIAS

Engraçado: ontem, tantas coisas, me vieram à mente, com a vitória do Santa Cruz e o seu retorno para a Série “B”, após cinco longas e sofridas temporadas. Primeiro, o fato de acreditar que o céu, ficou em festa: meu Avô Zezú, meu Pai Gilvandro, minha Mãe Célia, todos torcedores ferrenhos, do “Santinha”, deveriam estar numa alegria só. Segundo, em ver durante todo esse tempo, o empenho dessa torcida que, pacientemente, sofria, jogo a jogo, humilhação à humilhação, mas, estava lá, sem arredar o pé do estádio, um minuto sequer. Em, ontem, ver no olhar de cada um deles, a esperança de subir pra 2ª divisão e se aproximar pra “elite” do futebol brasileiro, que é a 1ª divisão e que, ao final do jogo, como um vulcão, explodisse de felicidade, de um grito guardado durante tanto tempo, de uma fé inabalável, de uma certeza infinda: eles estavam na 2ª divisão, merecidamente... caminhando para a 1ª. Nos olhos do treinador Vica, nos dos jogadores, nos meus e, até nos olhos de alguns repórteres, eu lia uma só palavra: EMOÇÃO. Então, aproveitem tricolores e curtam, mas curtam muito, esse momento, pois eu, um sofrido torcedor do Náutico, não tenho outra alternativa, senão curtir junto, com vocês. Viva o Santa Cruz, viva o futebol de Pernambuco.

sábado, 2 de novembro de 2013

DIA DE FINADOS - A SAUDADE É GRANDE

Hoje é 2 de novembro, “Dia de Finados”. Dia que escolhemos para reverenciarmos nossos entes queridos, que nos deixaram, não estão mais no nosso plano etéreo. Criamos um simbolismo, onde os “visitamos”, em suas últimas moradas, levamos flores e velas, limpamos os seus mausoléus, acreditando que tudo isso, lhes dará mais conforto, mais alegria. Lembro que, quando criança, eu ia, acompanhado dos meus pais ou de outros parentes, cumprir essas tais “visitas”. Aquilo para mim, era como se estivéssemos indo, pra uma festa, tamanha era a minha alegria que, com a inocência de criança, encontrava tanta gente, entre visitantes e vendedores de pipocas e churrasquinhos, que lotava aqueles locais. Eu, que à época, não entendia ao certo, o significado de tudo aquilo, curtia  como se estivesse indo a um parque de diversões. Hoje, entendo tudo.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

FREVO DE BLOCO - O LADO POÉTICO DO CARNAVAL

Como todo bom pernambucano, não poderia esquecer este dia 1º de novembro, no qual comemoramos o “DIA DO FREVO DE BLOCO”. O frevo de bloco é um frevo executado por orquestra de pau e cordas (geralmente composta por violões, cavaquinhos, banjos, bandolins, violinos, além de instrumento de sopro e percussão). É chamado pelos compositores mais tradicionais de "marcha de bloco".
O frevo de bloco é a música das agremiações tradicionalmente denominadas “blocos carnavalescos mistos”. Seu aparecimento no carnaval de Pernambuco faz alusão a um dado histórico e sociológico: o início da efetiva participação da mulher, principalmente da classe média, na folia de rua do Recife, nas primeiras décadas do século XX.
Há uma tendência atualmente de se adotar a denominação “blocos carnavalescos líricos”, que foi inscrita pela primeira vez no flabelo do bloco Cordas e Retalhos, fundado em 1998. Segundo Leonardo Dantas, no frevo de bloco está “a melhor parte da poesia do carnaval pernambucano” (1998:32).
Entre os compositores de frevo de bloco mais importantes estão os irmãos Raul Moraes (1891-1937) e Edgard Moraes (1904-1973), João Santiago (1928-1985), Luiz Faustino (1916-1984), Romero Amorim (1937-), Bráulio de Castro (1942-), Fátima de Castro, Cláudio Almeida (1950-) e Getúlio Cavalcanti (1942-)
O frevo de bloco hoje, tomou o gosto também, das crianças, que, levadas pelos pais, invadem a Rua do Bom Jesus, nos dias de carnaval e, muitas, cresceram nesse clima, tomando verdadeiras paixões, por esse ritmo tão contagiante e suas letras de saudades.